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sexta-feira, 9 de maio de 2014

FIFA World Cup 1930: Uruguai 4-2 Argentina

Em 1930, o então presidente da FIFA, o francês Jules Rimet, realizou seu desejo de reunir seleções de vários países do mundo em um torneio que teria o status máximo do nosso desporto bretão.

Todos os países filiados a FIFA na época foram convidados a competir, mas apenas Brasil, Argentina, Peru, Paraguai, Chile, Bolívia, Estados Unidos, México, Bélgica, França, Romênia e Iugoslávia foram ao Uruguai para a disputa do torneio.

Argentinos e uruguaios entram em campo para decidir a primeira Copa do Mundo.

As equipes se dividiram em quatro grupos (um com quatro seleções, e os demais com três). Apenas os líderes se classificaram às Semifinais. A Argentina goleou os Estados Unidos (6-1) na primeira semifinal. Na outra partida, o Uruguai passou pela Iugoslávia (6-1), com outra goleada.

No dia 30 de Julho de 1930, o Estádio Centenário, em Montevidéu, recebeu a primeira final da história das Copas do Mundo: o mais importante capítulo da histórica rivalidade entre Argentina e Uruguai. (veja aqui a ficha técnica da partida)

Estádio Centenário foi palco da primeira final de Copa do Mundo.

Donos da casa, o Uruguai tinha uma equipe extremamente vitoriosa. Bicampeões olímpicos em 1924 e 1928, ganharam a alcunha de Celeste Olímpica. Além disso, vinham de um tetra-campeonato sul-americano, em 1920, 1923, 1924 e 1926. Para aquela final, o técnico Alberto Suppici mandou a campo a seguinte formação: Enrique Ballestero, José Nasazzi e Ernesto Marcheroni; José Andrade, Lorenzo Fernández e Álvaro Gestido; Pablo Dorado, Héctor Scarone, Héctor Castro, Pedro Cea e Santos Iriarte.

Seleção uruguaia, campeã mundial em 1930.

Também quatro vezes campeões sul-americanos na década (1921, 1925, 1927 e 1929), os argentinos apostavam no melhor ataque da competição, liderados pelo artilheiro Guillermo Stábile, para superar o favoritismo uruguaio. Francisco Olazar escalou: Juan Botasso, José Della Torre e Fernando Paternoster; Pedro Suárez, Luis Monti e Juan Evaristo; Mario Evaristo, Manuel Ferreira, Guillermo Stábile, Francisco Varallo e Carlos Peucelle.

Uma das maiores polêmicas daquela final envolveu a bola do jogo. Antes da partida, as seleções pleiteavam o fornecimento da bola que seria usada no jogo. O árbitro definiu que no primeiro tempo se usaria a bola argentina e no segundo, a uruguaia.

A bola (uruguaia) utilizada na final, hoje mantida em um museu na Inglaterra.

Os uruguaios abriram o placar aos 12 minutos, com Dorado, para delírio dos quase70 mil torcedores no Estádio Centenário. Mas aos 20 e aos 37, respectivamente, Peucelle e Stábile viraram o placar para os argentinos, donos da bola, que terminaram o primeiro tempo em vantagem: 2-1.

Na segunda etapa, a bola era outra, era uruguaia. Coincidência ou não, a Celeste dominou o jogo. Cea empatou o jogo logo aos 12 minutos. E Iriarte virou aos 23. Aos 44 minutos, Castro sacramentou a conquista uruguaia, definindo o placar de 4-2. O Uruguai marcava novamente seu nome na história, conquistando em casa o primeiro título mundial de futebol.

Jules Rimet (esq) entrega a taça que recebeu seu nome a Dr. Paul Jude, presidente da Associação Uruguaia de Futebol.

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